Não visitar a fábrica da Guinness em Dublin é como ir a Fátima e não visitar o santuário. Há quem goste e quem não goste desta cerveja, eu adoro. Seja como for, esta visita é espetacular! O espaço está extraordinário e tem muito que ensinar a outros museus.
No site da Guinness Storehouse pode-se ler:
Descubra exatamente o que é preciso para tornar a cerveja mais icônica do mundo. Da nossa famosa variedade de levedura à paixão compartilhada por todos os nossos cervejeiros, nós não medimos esforços para trazer a si a cerveja preta número um do mundo.
E bolas, se não é a melhor experiência de cerveja que já tive.
Arthur Guinness o Criador Desta Bela Cerveja
Aos 27 anos, em 1752, o padrinho de Guinness, Arthur Price, o arcebispo da Igreja da Irlanda de Cashel, deixou-lhe £100 (cerca de €25.000 em 2021) no seu testamento. Guinness investiu o dinheiro e em 1755 tinha uma cervejaria em Leixlip, a apenas 17 km de Dublin. Em 1759, Guinness foi para a cidade e abriu o seu próprio negócio.
O visionário e empreendedor Arthur fez um contrato de arrendamento de uns surpreendentes 9.000 anos da cervejaria de 16.000 m2 em St. James’s Gate dos descendentes de Sir Mark Rainsford por uma renda anual de £45.
Por isso, é bem possível daqui a uns anos, vermos foguetões com a marca Guinness a serem lançados para exportar a cerveja para Marte. Agora que penso nisso, vai ser como ver garrafas de Guinness gigantes a flutuar no espaço.
O Sucesso da Cerveja Guinness
A dry stout preta Irlandesa, é uma das marcas de bebida alcoólica com mais sucesso no mundo. É produzida em mais de 50 países e está disponível em mais de 120. Só em Dublin, a cervejaria produz cerca de 2 biliões de euros em cerveja anualmente.
O sabor característico é proveniente de uma mistura selecionada de cevadas torradas e não torradas e outras coisas que eu não percebo muito, mas que vocês terão oportunidade de aprender na visita à cervejaria. Uma coisa que me ficou, foi o porquê de a Guinness ser tão cremosa e espessa, e é porque a cerveja é misturada com nitrogênio e dióxido de carbono.
A certa altura, a Guinness era publicitada como boa para a saúde porque estudos indicam que reduz o colesterol. Não sei se é assim, mas pelo menos ao humor faz muito bem.
Guinness Storehouse
A visita à cervejaria é única e espetacular. Não esperava ficar tão surpreendido.
Por fora é um enorme edifício de tijolo, que não transparece muito do que vais ver. Por dentro, é uma museu de arte industrial moderna e vintage. Para além de ser super interessante, não fosse contar a história de uma empresa com mais de 200 anos, a envolvência, as luzes e a forma como está tudo colocado parece uma viagem no tempo com o Doc do filme Regresso ao Futuro.
O edifício tem sete andares, e dois restaurantes o Arthur’s Bar e o 1837 Bar & Brasserie. No topo fica o Gravity Bar com vista panorâmica sobre toda a cidade. Se possível, marquem mesa com antecedência também, isto se quiserem comer lá (recomendo).
O bilhete que recomendo é o UPGRADE YOUR EXPERIENCE inclui (na data que comprei), uma Guinness de pressão no Gravity bar, um workshop de como tirar a Guinness perfeita à pressão e no final podem beber a cerveja que tiraram e ficar com o bigode de espuma.
Também têm disponível, bilhetes mais caros e mais completos, que podem visitar algumas partes no interior da cervejaria e conhecer a produção ao vivo. Sugiro que explorem o site Guiness Storehouse para saber mais. Se tiverem um passe, de um pack de outra empresa turística, informem-se sobre o que têm direito antes.
A visita tem que ser marcada e devem contar com pelo menos duas horas para ver tudo com calma. Se comerem num dos restaurantes, contem com mais tempo.
Vão sem pressas, aqui vale a pena perder um bocado de tempo.