Eu descobri o Parque Nara no Japão pouco tempo antes de partir para lá. Um parque em que veados “selvagens” que interagem com os humanos como se fossem de estimação! Não ia perder isto por nada deste mundo.
Para além disso, depois de Quioto o destino era Osaka e Nara fica ali mesmo entre as duas cidades.
A viagem de comboio demora cerca de 40 minutos entre Quioto e a estação de Nara. Podem sair de manhã e passar o dia em Nara ou então até só meio dia é suficiente. Na estação estão cacifos de vários tamanhos em que podem colocar a bagagem para não terem que a carregar enquanto vistam o parque.
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A História – Park Nara
A primeira capital permanente do Japão, foi Nara do ano 710 até 784. Antes disso, a capital, mudava-se sempre que um novo imperador ascendia ao trono.
O Parque Nara, também conhecido como Nara Park, tem uma história fascinante que remonta a séculos atrás. Foi estabelecido no século VIII, durante o período Nara, e desempenhou um papel crucial como parte da antiga capital do Japão. Originalmente criado como um jardim para a nobreza imperial, este vasto parque em Nara testemunhou a evolução da cultura japonesa ao longo dos anos. É um lugar onde a natureza e a história se entrelaçam, proporcionando aos visitantes uma visão única da rica herança do Japão, incluindo a interação com os veados de Nara. Ao explorar o Parque Nara, você não apenas interage com veados amigáveis, mas também mergulha na história e na beleza intemporal deste local.
Devido à sua importância no passado, Nara está cheia de tesouros históricos e tem alguns dos maiores e mais antigos templos.
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O que ver no Parque Nara
Aqui está uma boa oportunidade de vos explicar como viajo sozinho. Eu não sigo compromissos, eu não sigo horários, eu não sigo um plano. Sim, eu pesquiso antes de viajar os locais que gostaria de visitar mas, na hora, se não me apetecer não visito. Se tiver algo que me está a dar mais prazer do que ir para uma fila para entrar num museu, nem que seja observar as diferentes pessoas e personalidades nessa fila, eu não vou ao museu. Sobretudo se for uma oportunidade para viver a cultura dos locais, confraternizar e trocar experiências.
Eu viajo sobretudo pelas pessoas, pelos ensinamentos, pelo que acontece e me faz uma pessoa melhor. As estruturas, a arte, as pontes, os edifícios, as praias, etc. Isso tudo também tem valor, mas não mais do que as experiências.
Nara foi um desses dias, gostei tanto de Quioto que não me apeteceu sair logo de manhã. Quis despedir-me da cidade com tempo. Sai perto da hora de almoço e cheguei a Nara ao inicio da tarde, não estava particularmente com vontade de estar em filas, por isso não entrei em nenhum templo nem em museus. Apenas vagueei pelo parque, com calma, em passo lento. Fui conhecendo os veados, fui conhecendo alguns edifícios históricos por fora.
Sinceramente, é o que recomendo que façam, o parque é lindíssimo e extenso. Do nada aparecem lagos, jardins diferentes, templos, pagodes, etc. Se sentirem que querem entrar em algum, entrem, descubram mais sobre a sua história. Desfrutem da sensação de se maravilharem na hora.
Alimentar os veados – Park Nara
Esta a parte mais divertida e fofa do parque de Nara, mas pode não ser. Não te podes esquecer que são animais selvagens e podem tornar-se agressivos se forem provocados.
Para além disso, são uns lambões e alguns bem chatos. Vão puxar-te pela roupa e mordiscar-te para lhes dares comida. No entanto, também fazem uma vénia a pedir.
Pelo parque estão espalhados vários vendedoras de bolachinhas para os veados. Não compres num que já tenha veados à beira. Não andes a passear com as bolachas à vista. Espera por uma oportunidade que encontres um veado sozinho ou um grupo pequeno. Fiquei com a impressão que os que estão logo na entrada, são os mais atrevidos, por isso ignora-os ou aproveita para ficar a ver outros a lidar com eles.