Dublin o que visitar? Nesta viagem a Dublin eu levei 3 amigos, todos com pouca experiência em viagens no estilo low cost e histórico que habitualmente faço. A opinião deles é que Dublin não é tão autentico como pensavam, principalmente o centro. E sim, eu tenho que concordar. Se eu pudesse voltar, alugava um carro e explorava mais fora do centro. As paisagens fora do centro são lindas e as pessoas autenticas. Em cima disso, a comida é soberba. Contudo aqui tens o que recomendo não recomendo em Dublin.
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O que não vale a pena visitar em Dublin
O que não vale a pena visitar em Dublin é muito relativos à personalidade de cada um, o que é para mim pode não valer a pena pode valer para vocês. Habitualmente locais que acho caros e que só servem selfies para mim são para evitar.
The Temple Bar, é o bar mais procurado por turistas o aspeto exterior dá para belas selfies mas habitualmente está demasiado cheio de turistas e com certeza encontram opções mais baratas e menos “enlatadas” nos vizinhos.
Book of Kells na Biblioteca do Trinity College Dublin, mais um sitio que todos os turistas têm que tirar uma selfie. O Livro de Kells data de 384 antes de Cristo e contem quatro Evangelhos em latim baseados no texto Vulgata de São Jerónimo. Não diminuindo a importância histórica do livro, só podes observar duas páginas do mesmo.
A biblioteca foi cenário de algumas partes do filme Harry Potter e sim parece lindíssima, contudo para mim não vale o dinheiro do bilhete nem de tempo.
Grafton Street, esta é a rua mais comercial de Dublin e aparte de um par de artistas de rua, é uma perda de tempo. As lojas fecham cedo, grande parte não tem interesse e são repetidamente lembranças para turistas ou Pandoras. A sério, numa rua que se percorre em 10 minutos, vi 3 lojas Pandora…
Spire of Dublin, é um cone em aço inox com 120 metro de altura. A escultura mais ridícula que já vi e não é só a minha opinião. Os locais também não estão agradados com este para-raios de 4 milhões de euros.
O Que Vale A Pena
Dublin Docklands, aqui sim vale a pena um passeio a pé, na margem sum uma cidade mais antiga e mais calma e do lado norte mais moderna e contemporânea. Edifícios com arquitetura admirável, bares modernos como o Urban Brewing & Stack a Restaurant que mencionei no primeiro artigo de Dublin, as pontes e o navio Jeanie Johnston que adorna espetacularmente a margem do rio Liffey.
Estátuas, pela cidade estão espalhadas várias estátuas que parecem pessoas que congelaram no seu tempo e na sua atividade diária. Não que vos recomende andarem à “caça” delas, mas se estiver pelo caminho, valem muito a pena. São excelentes obras e são gratuitas.
Catedrais e Igrejas, num país que foi dividido pelas crenças religiosas, as casas dessas religiões são imponentes e tocantes. Vale a pena entrar em uma ou duas para abrandar os espirito do frenesim da caminhada diária.
Dança Tradicional Irlandesa, lembram-se dos Riverdance? Quase que os apanhava em Dublin quando lá fui. Pode ser um gosto pessoal mas a dança e a musica é o que mais me encanta na tradição Irlandesa (e a cerveja). Estar envolvido num grupo de gente local a cantar, a dançar a beber foi algo que infelizmente não tive oportunidade de experienciar. Acreditem que voltaria lá só para isso. Procurem um bar com alguma festa e aproveitem para se divertirem e conhecerem Irlandeses e as suas tradições.
A minha opinião sobre Dublin
Sempre tive uma curiosidade por Irlanda, os pubs, as pessoas, a história, a união das pessoas, etc. Ou seja, a minha ideia era tudo de bom que nos sugerem nas comédias românticas, mas Dublin não foi como eu estava à espera.
A cidade tem um aspeto frio e escuro, pouco acolhedor e distante. Talvez não tive na melhor semana de Dublin e ela não estava com paciência para me receber.
As pessoas
Quando faço o check-in, sou recebido por uma pessoa brasileira. Tudo normal, é um Hostel e é habitual haver viajantes de longa duração, que trocam trabalho por estadia. O estranho foi que isto começou a repetir-se por todo lado, restaurantes, bares, cafés, era sempre abordado por pessoas não nacionais, brasileiros, chineses, peruanos, etc.
Não tenho nada contra os emigrantes e nem tenho queixa nenhuma sobre o profissionalismo e simpatia mas, das coisas que mais gosto quando viajo, é de me embrenhar na cultura, conhecer pessoas nascidas e criadas na zona, aprender com elas, ver as diferentes formas de viver e de interpretar a sociedade. Em Dublin, é muito difícil conseguir interagir com um Irlandês sequer.
Pela cidade
Pode-se fazer a cidade praticamente a pé, não é muito grande e visitar os locais de mais interesse. Aconselho que escolham um sitio para ficar mais ou menos central para reduzir a caminhada.
Se ainda assim, precisarem de transporte, não vão encontrar Uber ou semelhantes, foram banidas em Dublin. Aqui funcionam apenas os táxis que têm a sua própria app Free Now (Android) (Apple).
Têm também vários passes para autocarros turísticos que circulam a cidade, passando pelos pontos de mais interesse, alguns com descontos ou ofertas em vários sítios. Pessoalmente, acho que não são muito vantajosos, o trânsito é péssimo o que significa ficar preso num autocarro quase o mesmo tempo que perdia a fazer o percurso a pé. No entanto, pode valer pelos descontos e ofertas que têm, façam as vossas contas. Um exemplo é esta empresa Big Bus Tours, vale sobretudo pela simpatia dos motoristas.
Comer e beber
Quanto à bebida, já seria de esperar o melhor, a cerveja Guinness é muito boa e vá, se calhar sabe melhor uma Guinness em Irlanda do que aqui. Para além da Guinness, há várias outras cervejas produzidas localmente que são muito boas, guardem umas horas para se sentarem, a experimentar algumas acompanhadas por uns petiscos. Sugiro a esplanada do Urban Brewing & Stack a Restaurant (GPS), é moderno, acolhedor, com uma carta muito variada e numa zona bonita junto ao rio.
O whiskey também é um dos reis nas bebidas Irlandesas, apesar de só ter bebido na visita à destilaria Teeling (GPS), posso dizer com certeza foi dos melhores que já bebi.
Agora a comida, ah a comida! Eu não devo ter pesquisado muito sobre esse tema antes de ir, porque eu estava à espera de nada de especial. A verdade é que não é nada de especial, a comida é simples, estufados ou guisados como lhe quiserem chamar, batatas, carne ou o fish and chips, mas a qualidade, o sabor, só um bocadinho que estou a babar o teclado… Voltei! A carne de cordeiro é super macia e desfaz-se na boca, este bacalhau sim, é como as lascas que vês nos anúncios de tv, até o puré que é dos pratos que habitualmente menos me atrai era espetacular.
Há uma boa razão para esta qualidade, a qualidade da carne Irlandesa é reconhecida mundialmente, os animais são alimentados em pastagens pelo menos 245 dias por ano e as hormonas são ilegais.
Posso dizer que em todos os sítios que jantei, não me desapontaram, mas aqui ficam com dois que amei Flanagan’s bar and restaurant (GPS) e o Brannigan’s (GPS).
Dicas
Dublin é muito húmido e ventoso, leva um bom casaco e quente porque pode-se tornar bastante frio de um momento para o outro.
A moeda que usam é o Euro, os preços são um bocadinho acima da média por isso sobe um pouco o teu orçamento para gastos por lá.
Dois dias chegam para conhecer a cidade, mais um para visitares o interior.
Marca os bilhetes com antecedência para as visitas, alguns museus, a Guinness e destilarias têm que ser marcados num horário especifico.
Se quiseres relaxar um pouco, vai até um dos vários parques da cidade e faz uma caminhada ou um piquenique.
Os Pubs e bares fecham relativamente cedo (23:30 – 00:00), por isso ajusta o teu horário de acordo.