“O que une homens e mulheres é mais forte do que a brutalidade e a tirania que os separa”.
Millicent Fawcett
A História
O movimento sufragista (direito ao voto) foi formado no Reino Unido por Emmeline Pankhurst. Como membro da União Nacional de Sociedades de Sufrágio das Mulheres, ficou frustrada com a atividade da união e separou-se do mesmo criando a União Social e Política das Mulheres em 1903.
Esta nova união era mais inclusiva, aceitando mulheres de todas as origens e começou a usar táticas mais violentas na campanha pelos direitos universais de voto das mulheres a partir de 1905.
Em 1918, depois de muita luta, a lei aprovou que algumas mulheres pudessem votar. As mulheres tinham que ter mais de 30 anos, ter uma propriedade ou ser casada com um dono de uma propriedade. Em 1928, finalmente todas as mulheres receberam o direito ao voto semelhante ao dos homens.
Nos Estados Unidos, as iniciativas a par do Reino Unido para os direitos da mulher começaram em 1908. Este movimento teve inspiração no movimento de Abolição da Escravatura nos anos de 1830. Grupos como A Sociedade Anti Escravatura, liderada por William Lloyd Garrison, permitiram às mulheres a oportunidade discursar, escrever, organizar e liderar a favor do movimento das pessoas escravizadas.
Em 1851 Solourner Truth, uma ex-escrava, fez um discurso notável que claramente demonstra os problemas das mulheres de cor na sociedade.
Bem, crianças, onde há tanta barulheira deve haver algo
Solourner Truth, Convenção das Mulheres em Akron, Ohio. 1851
desequilibrado. Acho que entre entre os negros do Sul e as mulheres
no Norte, todos a falar de direitos, os homens brancos estarão num belo dilema em breve. Mas de que está tudo isto aqui a falar?
Aquele homem ali diz que as mulheres precisam de ser ajudadas nas carruagens, e levantadas sobre valas, e para ter o melhor lugar em todo o lado. Ninguém me ajuda em carruagens, ou sobre lamas, ou me dá o melhor lugar! E eu não sou uma mulher? Olhem para mim!…
A luta resiliente no Reino Unido
Esta luta juntou mulheres e homens, mas enquanto os homens acreditavam em protestos pacíficos e dentro da lei, para ganhar o respeito do Parlamento, as mulheres achavam que não estavam a alcançar nada. Então as mulheres começaram a usar meios de manifestação mais agressivos e contra a lei. As manifestações subiram de tom com mulheres a cuspirem policias, a acorrentarem-se a gradeamentos e a danificarem propriedade.
Muitas mulheres foram presas à conta destes protestos, mas continuaram a sua luta mesmo nas prisões protestando com greves de fome. Para prevenir que ficassem severamente desnutridas, elas foram muitas vezes agarradas e alimentadas à força. Para diminuir este comportamento severo, o Parlamento passou a lei Gato e Rato, sob a qual elas eram libertadas temporariamente antes de ficarem demasiado doentes, e novamente presas quando estivesse recuperadas.
Como surgiu o dia da mulher
Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres, deu a ideia numa Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhaga, em 1910. 100 mulheres de 17 países diferentes concordaram unanimemente.
O dia da mulher foi celebrado, pela primeira vez, em 1911 na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. No entanto, o dia internacional das mulheres só se tornou oficial em 1975, quando a ONU adotou a data comemorativa.
Curiosamente, a data 8 de Março, não teve o seu inicio nem no Reino Unido, nem nos Estados Unidos mas sim na Rússia. A 23 de Fevereiro de 1917 do calendário juliano, (8 de Março no calendário gregoriano), as mulheres Russas saíram à rua durante a guerra, em greve, e exigiam “pão e paz”. Em consequência, czar foi obrigado a abdicar do poder e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
Muito mais do que o direito de voto
Mais do o direito ao voto, as mulheres tinham objetivos como o igual acesso à educação e ao emprego, igualdade dentro do casamento, o direito de serem donas de uma propriedade e das suas finanças, custódia das crianças e controlo sobre o seu próprio corpo.
O controlo sobre o seu corpo lançou um movimento radical na moda, ditando assim a liberdade criativa no design de roupas bem como durante os anos libertando as mulheres para a revelação das suas linhas corporais indo até ao dia de hoje em que é normal roupas que acentuam e revelam as linhas mais sensuais do corpo feminino.
Os dias de hoje e opinião
Com o passar dos anos, sobretudo as mulheres, encontraram-se novamente servas e classificadas como objetos. Desta vez pela moda. Sobretudo o movimento capitalista, o marketing, o surgimento das redes sociais e o tratamento de fotos e possivelmente o machismo por detrás de tudo isto, aprisionou sobretudo as mulheres numa ideia de corpo perfeito e beleza.
Chegou a um ponto em que a sociedade, homens e mulheres, julgam e julgam-se apenas perante uma foto. Pela forma do corpo, pela forma de vestir e até pela recente tendência exagerada de leitura de posturas.
O ser humano é muito mais complexo do que uma roupa, uma forma, uma cor, um gênero ou uma postura. Esta superficialidade tem tornado as relações frágeis, curtas e egoístas. Há uma tendência crescente de procurar interações com quem nos fica bem e não com quem nos faz bem. Há uma razão porque o coração ou a alma não está à vista. Para descobrirmos quem é a outra pessoa, temos que interagir e não devemos ter medo de o fazer.
O corpo e a sensualidade
Um corpo sensual, não é o mesmo para todos. As curvas e as linhas, são atraentes para alguém. É preciso deixar de julgar quem gosta de um corpo diferente do estereotipo e por outro lado é preciso deixar de procurar aprovação. Todos os corpos são bonitos e todas as pessoas podem ser bonitas.
Sem receios, a Joana convidou as suas amigas, Mariana, Catarina, Manuela, Carina e Teresa para uma sessão fotográfica que pretende eliminar o estereotipo do corpo esbelto. As suas amigas responderam com um belíssimo trabalho fotográfico em que é possível sentir a confiança e alegria que emana de dentro dos seus corpos.
E não, não estou a julgar apenas pelas fotos. Conheço pessoalmente duas participantes e a relação entre as fotos e as pessoas na vida real é genuína. Concluindo, convido-vos a deixarem os meios e apps que vos faz escolher pessoas pelas fotos e saírem à rua dizerem mais vezes “Olá”, “Bom dia”, “Obrigado”, “Tenha um bom dia” às pessoas que o rodeiam. Há pessoas muito especiais à sua volta, basta criar uma abertura para interagir com elas.











Amo-me e aceito-me exatamente como sou!
Joana Oliveira
Tu és capaz de dizer isto ao espelho todos os dias!? Não!? Devias!
Tu és simplesmente a coisa mais importante que tens na vida, claro que irás sempre ter o
julgamento ou a critica de alguém, mas o ser mais importante és tu.
Aceita os teus defeitos, as tuas qualidades, as cicatrizes, o teu presente, passado e espera pelo
futuro. Não existe ninguém perfeito embora, a sociedade queira passar isso atualmente.
Vive por ti, não em função do julgamento dos outros, a vida passa tão rápido, que quando
olhas para ti, ainda não amas-te o suficiente.
Tu mulher poderosa, podes ser dona desta porra toda, só depende de ti.
Só tu sabes o esforço que fizeste e o caminho que fizeste para seres o que és hoje.
Deixa-te de coisas, deixa de pensar como uma mente pequena, onde o medo domina a tua
vida e os teus pensamentos. Não vivas com medo do julgamento, das palavras ou das críticas
dos outros. Só tu sabes que és, só tu sabes o teu valor. És uma mulher fora da caixa, mostra o
teu valor, a tua beleza, a tua essência e do material que és feita.
Não queiras ser uma boneca, onde todos te dominam, onde decidem por ti, isso não é viver,
isso não é amor – próprio.
Por isso, tu mulher de garra, sai desse mundo que é só teu, mostra-te ao resto do mundo,
porque os caminhos diferem, mas nunca podes deixar de ser quem és , nunca.
Mulher, por favor, sai da caixa!